Conforme havíamos comentado, hoje embarcamos no barco (que os paraense chamam de navio) Ana Beatriz III e às 12 hs partimos em direção a cidade de Macapa/AP, para finalmente largarmos em direção ao Oiapoque. Na entrada do barco, tivemos que nos acelerar, visto que cada passageiro deve levar sua própria rede, e quem já conhece o sistema, escolhe os melhores locais, os mais próximos da refrigeração e mais distantes da popa, onde o barulho do motor e muito intenso. Após nos instalarmos, e o barco dar partida, passamos a explorá-lo, onde verificamos que naquele andar em que estávamos, era o único climatizado, pois na parte de baixo eram transportados veículos, motos e muita carga, enquanto no segundo andar, as pessoas também em suas redes, ficam expostas ao vento. Descobrimos também que no segundo andar existia um bar e acima dele, um outro andar, espécie de terraço totalmente aberto, o que proporciona uma visão espetacular dos rios, ilhas e principalmente da selva amazônica. Presenciamos também, aquilo que já tínhamos visto na tv, crianças pequenas moradores das regiões ribeirinhas, aguardam em suas canoas o barco passar com a expectativa de serem agraciados com mimos jogados em sacos plásticos pelos passageiros, o que para nós pareceu uma ação de alto risco. A viajem é um grande barato, proporcionando momentos inesquecíveis, como curtir o nascer e o por do sol navegando pelo rio Amazonas e curtindo toda aquela natureza. O ponto negativo, são as condições durante ás 24 hs, pois o calor é intenso, o ar não dá conta e os banheiro deixam a desejar, assim como pra nós que não temos o hábito de dormir em rede, este torna-se um grande problema, pois é somente assim que se pode descansar. No barco é fornecido café da manhã que já está incluso no preço da passagem, e quanto almoço e janta, são vendidos por R$ 10,00 cada.